A microbiota intestinal tem um papel importante no desenvolvimento e função do sistema nervoso (centro da fome/saciedade), podendo impactar no comportamento alimentar, afetando assim, a qualidade e quantidade do que é consumido. A via neuronal associada ao intestino está conectada ao centro da fome/saciedade e homeostase energética, através de neurotransmissores produzidos, tanto pelas células intestinais, quanto pela microbiota, modulando o comportamento alimentar. Além disso, algumas bactérias participam da produção de neurotransmissores como a serotonina, que regula o humor, o sono, o apetite, o comportamento e os movimentos intestinais. Estudos mostram que a disbiose intestinal pode gerar inflamação, controlando o metabolismo do triptofano e diminuindo a síntese de serotonina e melatonina, mudando assim o comportamento alimentar de forma negativa.
Por isso a importância de reduzir e evitar alimentos inflamatórios e industrializados e incluir fibras, prebióticos e probióticos na suplementação, além de restaurar a integridade da mucosa intestinal por meio de dieta rica em nutrientes como as Vitaminas A, D, Zinco e Ômega 3. Importante também a readequação dos fatores de estilo de vida que podem influenciar no desequilíbrio do trato gastrointestinal como melhorar os hábitos alimentares, praticar exercícios físicos e utilizar suplementação adequada. A ingestão de fibras prebióticas e probióticos é importante para contribuir com o crescimento de bactérias comensais, como as bifidobactérias e os lactobacilus para diminuir a inflamação nos distúrbios inflamatórios intestinais e impedir a presença de compostos inflamatórios no cérebro.