Endométrio é o tecido que reveste a cavidade uterina e durante o ciclo menstrual ele fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Se não acontece a gravidez, no final do ciclo ele descama e é excretado pela menstruação.
Quando o seu crescimento acontece fora desse órgão (ovários, trompas ou na cavidade abdominal) caracteriza o distúrbio ginecológico conhecido como endometriose, com prevalência significativa entre mulheres em idade reprodutiva.
É uma doença estrogênio dependente com processos inflamatórios crônicos que interfere nas atividades diárias e na qualidade de vida da paciente, cujos sintomas incluem a dor pélvica, dor durante o ato sexual, fadiga, sangramento menstrual intenso, dificuldade para engravidar e infertilidade.
O ginecologista consegue fazer o diagnóstico por meio de exame clínico, ultrassonografia endovaginal especializado e exames de laboratório.
As causas não são bem claras mas podem ter origem na hereditariedade, pílula anticoncepcional, consumo de álcool e cafeína. Por outro lado a atividade física parece diminuir a probabilidade da doença. O objetivo do tratamento é minimizar os sintomas, principalmente da dor, reduzir lesões endometrióticas e favorecer a possibilidade de gravidez.